Sunday, December 24, 2006

Sabe oq eu acho, papai Noel não vai chegar na minha casa nesse Natal pq meus visinho puseram cerca elétrica, acho que ele vai ficar preso tostado em algum muro aí da vida. Mas pra alegrar esse natal eu vou pôr um poema Natalino do Carlos Drummond que darão esperanças a todos de que talvez o Papai Noel esteja a espreitar nossas chaminés!

Papai Noel às Avessas
Carlos Drummond de Andrade

Papai Noel entrou pela porta dos fundos
( no Brasil as chaminés não são praticáveis),
entrou cauteloso que nem marido depois da farra.
Tateando na escuridão torceu o comutador
e a eletricidade bateu nas coisas resignadas.
Papai Noel explorou a cozinha com olhos espertos,
achou um queijo e comeu.

Depois tirou do bolso um cigarro que não quis acender,
teve medo talvez de pegar fogo nas barbas postiças
( no Brasil os Papai-Noéis são todos de cara raspada)
e avançou pelo corredor branco de luar.
Aquele quarto é o das crianças.
Papai entrou compenetrado.

Os meninos dormiam sonhando outros natais muito mais lindos
mas os sapatos deles estavam cheinhos de brinquedos
soldados mulheres elefantes navios
e um presidente da república de celulóide.

Papai Noel agachou-se e recolheu aquilo tudo
no interminável lenço vermelho de alcobaça.
Fez a trouxa e deu o nó, mas apertou tanto
que lá dentro mulheres elefantes soldados presidente brigavam por causa do
aperto.
Os pequenos continuavam dormindo.
Longe um gato comunicou o nascimento de Cristo.
Papai Noel voltou de manso para a cozinha,
apagou a luz, saiu pela porta dos fundos.

Na horta, o luar de Natal abençoava os legumes.

Sunday, December 17, 2006



O enterrado vivo

É sempre no passado aquele orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.

É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.

É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano outro retrato.

É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.

Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.

Wednesday, November 22, 2006

Na falta do que escrever, aí tá mais um desenho meu,
Hoje eu fui num shopping procurar um presente legal pra Sophia, filha de duardo que faz aniversário no sábado, acho que ela faz 3 anos, mas minhas irmãs dizem que eu tô louco que ela não tem mais de 2 anos, mas oq eu digo é que 2 ou 3 pra mim é a mesma coisa, o instituto datafolha me dá direito à margem de erro de 1 a mais ou 1 a menos, seja lá oq for. Enfim, procurar presentes pra criança é uma tarefa muito difícil, principalmente uma criança inteligente como Sophia, ela não aceitaria qualquer coisa!. Fui no supermercado perto de casa, achei uns legaisinhos, mas nada satisfatório, fui então no shopping, olhei uma porção de livros infantis e quando vi eu tava sentado lendo, vendo uns deseinhos e encantado com as historinhas. Porém, uma criança de cada vez, eu ficaria pra depois! Buáááá! :'( Achei uma porção de livros infantis e bobos que eu relamente gostaria de ganhar, mas não achei nenhum pra sophia hehehe, enfim fui à loja de brinquedos ao lado, passei mais uma hora entretido me divertindo e rodando pra lá e pra cá tentando visualizar Sophia brincando com algum deles. Demorei tanto que todas as atendentes vinham tentar me atender, esperavam. . . e diante da espera infrutífera desistiam, apertei uma porrada de ursinhos falantes, de coisinha que se mexiam, piscavam e faziam barulho, a atendente aparecia dinovo e simpaticamente exclamava "Vc não quer uma Barbie!? Meninas tb gostam de bonecas!" Mas como eu ia dizer pra atendente simpática que eu não ia lá muito com a cara da Barbie e que achava ela uma metida, ela não iria entender. Após mais meia hora rodando a loja, perdido entre as opções e sem esperança de conclusão eu finalmente concluí e levei meu presentinho, comprei um ursinho dos Sem floresta, que fala coisas em inglês às quais tão cedo a Sophia não terá capacidade de compreender heheh, mas oq importa é que ele é bonitinho e barulhento, e ela vai poder assistir o filminho e imaginar que ele tá vivo ou sei lá oq, essas coisas que crianças nessa idade imaginam! Vc entende.



Recordo ainda
Mário Quintana


Recordo ainda... e nada mais me importa...
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...

Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...

Estrada afora após segui... Mas, aí,
Embora idade e senso eu aparente
Não vos iludais o velho que aqui vai:

Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai!...
Que envelheceu, um dia, de repente!...

Monday, November 20, 2006

Queria pontuar aqui, eu sou idiota, desculpa ju e alana por minha idiotice, por insultar uma e decepcionar outra. : )

Sunday, November 19, 2006


esse é o ultimo desenho que fiz : D
Depois ponho os outros.

Sunday, November 12, 2006

(primeiro de tudo, perdão pelo excesso de exclamações, mas são necessárias). Veja que espantoso! Ontem saiu uma notícia de uma mulher que levou do marido 6 tiros na cabeça e um que a acertou na mão, 7 no total. Como diz o Fernando Veríssimo, o típico cara que acredita que educação sexual é bater antes de entrar, pois bem! 6 tiros na cabeça! O que aconteceu com as balas!? Ficaram todas alojadas na superfície do crânio! Nenhuma das balas conseguiram adentrar a maravilha da natureza que era essa cabeça. Pior! A mulher dormia enquanto levava os tiros. Pior! Ela não acordou! (segundo a própria baleada, "apenas com uma dorzinha de olvido no dia seguinte ¬¬) É o cúmulo da expressão "Vazo ruim não quebra". Eu não entendo de Revolveres, mas tb não duvido da qualidade do que estava sendo usado. Agora, imaginem só o desespero desse cara, 7 tiros na mizerável e nenhum valeu nem pra acordar ela hehehe, Eu sou contra qualquer tipo de violência, mas a violência que é o crânio dessa mulher não tem precedentes, Zidane que o diga! Não falou-se nada sobre o marido diante do feito espantoso da mulher, mas se num tambor de revóvel há espaço para 8 balas. . a 8ª o cara deve ter usado na própria cabeça numa última ação desesperada. . . e pelo visto a bala funcionou, caso contrário, ele , mesmo com menor mérito, teria saído no noticiário Tb . . .

Friday, November 10, 2006

33, dois treizinhos na lagoa! Mas a história não é essa. A história é que nas duas últimas vezes que fui ao banese pagar contas, consecutivamente e em dias diferentes, o número de senha que estava sendo chamado era!? . . . 33!! Então lá vou eu, cheio de dinheiro no bolso ( coisa rara, posto que não era meu), abro a porta transparente, sinto o alívio do ar-condicionado, pergunto à atendente gostosa se ela pode me ajudar. . . ela não me ajuda. . mas me dá uma mãosinha, ou melhor! um número. A mesma coisa dois dias consecutivos!! com direito a atendente gostosa e tudo mais, quando eu olho, la está o 33 dentre às 400 possibilidades, quisá mil, de números a serem chamados.
Outra conicidência estupida que anda me acontecendo, é oq eu chamo de Teoria da Paçoca. Esperando no terminal Universitário um Eduardo - D. Maynard demora uma paçoca e meia pra chegar, nenhum amendoim a mais, nenhum amendoim a menos, sempre acontece comigo (inclui-se aí o tempo de comprar as paçocas). Eu fico bastante frustrado por que é horrível comer paçoca no ônibus. Mas não tem jeito, sem paçoca o ônibus sempre demora!

Sunday, November 05, 2006

Ócio! sem computador minha vida não tem sido outra, meu computador estava ficando muito arredio por isso ele vai ficar de quarentena na assistência técnica, agora vou ser obrigado a assistir o faustão aos domingos, as novelas das 6 das 7 das 8 das 9 e oq mais vier! além de ter de matar um leão por ida, ou melhor dizendo uma irmã por dia, pois abriga pelo controle se tornará cada vez mais acirrada. . alguém me salve! Se tiverem idéias para qualquer programação que me tire da minha desconfoirtável poltrona por favor me liguem imediatamente

Thursday, November 02, 2006

De mudança, tirei todos os móveis do meu blog anterior, o www.tresvariando.weblogger.com.br , e vim para este novo lar que agora hospeda estas idéias nômadis em minha cabeça. É triste mudar, principalmente pq sei que os meus leitores assíduos (cri-cri. . . cri-cri. .) agora ficaram confusos, mas a vida é assim, nada dura pra sempre.